domingo, 8 de julho de 2007

O cego

Compunha-se deles
não era deles
Via-os, não em si,
Não a si neles
Era o muro no meio
do manto negro
feito de pedra branca
impedia o fluir dos rios
de todos os rios
Muro suado
Muro chorando
Muro em mim me chocando
Mas falta aos navegantes
O tato das pedras férteis, tácteis, tantas
Pães do muro
O muro vomitando verdade

O universo

Cor-de-rosa?
Branca, vermelha, amarela,
até azul e preta

A minha é só rosa,
Como as crianças