quarta-feira, 19 de março de 2008

Filosofia de buteco

As teorias são tão arbitrárias quanto onomatopéias.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Alusão a uma teoria sobre a vida, a linguagem

A vida, um presenciar o grande espetáculo da linguagem. Ela é teatral. Qual? Ambas! Afinal, como separá-las?
Fundidas no dêitico que a isso se presta, continuemos. Ela é isso. Óculos. Aquela que se diz sem que possa ser de outra forma. Que diz o outro, e é a única forma, ainda que de várias formas. Tudo! Tudo! Tudo está impregnado dela, lhe é penetrado, penetrando-lhe. Assim, constitui-se cadeia e candeia. Atriz que nos afaga os sentidos. Eis isto! Afaga! É externa! Guia-nos pelos caminhos da lógica, da nossa própria lógica e da cegueira à lógica do outro. Confundimo-la, pensando que é, quando só interpreta. Só seria se, em se dizendo “Haja Luz”, a luz fosse feita. “Levanta-te, Tabita”, e a moça se levantasse.
Guia-nos pelos caminhos do nosso pensamento, infinitamente nossos, infinitamente indizíveis, ainda que vagando sobre ela. Indizíveis pensamentos? Indizível a confusão entre pensamento e sentimento, porque neste último eis o terreno in-teriorizável. E neste terreno em que não cabem teorias, lógicas, onde tudo é só sentido (todos eles!), o que resta senão a expressão incalculável dos gemidos inexprimíveis? Talvez esteja aí o Espírito do inexprimível sentido, tão somente sentido.

"(...), mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis." (Romanos 8 : 26)

"(...) Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca." (Mateus 12 : 34)

“Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. (...)” (Atos 17:23)

Despertei sorrateiramente vendo o verbete inexprimível dicionarizado. Emocionei-me.