quinta-feira, 22 de maio de 2008

O homem que aprendeu a voar

Um dia, ele, ainda criança, a andar pelo caminho de dois braços, respirava os pensamentos que encontrava pela frente, quando, de repente, tropeçou em um deles, caiu e viu ao seu lado um... Não sabia bem o que era, surgia-lhe o novo completamente inusitado. Olhou, tocou, ah! é um casulo. Com o cuidado que tinha apenas com as coisas do pai, transportou aquela vidinha para seu quarto.
Vidinha ou vidazinha, não sabia ao certo, mas ali continha o contido.
Esperou, esperou, mas a paciência lhe esbofeteava o semblante a cada minuto. Os minutos se foram como dias, ao passo que ele já não distinguia ambos entre si.
À noite ouviu gritos, acordou, olhava entre as frestas da parede do quarto, não sabia o que era.
Deparou-se com uma mariposa em cima do criado.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Narrativa

Não dormia mais
com o menino em mim
até que um dia
o menino, hipertrofiado e poroso,
deu um tiro
exatamente ali onde ele estava.
O grito de tal instante nunca mais cessou.